segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Tabus do ensino e contextualização da Educação a Distância.


O conceito de educação sempre foi definido como o de ensino e aprendizado, onde a forma e o conteúdo foram o foco. Historicamente fundado em aluno-professor, escola, cadeira e quadro negro (e também em toda a esfera de estrutura necessária), de forma presencial, de contato físico.

De formas elucidativas, vários filósofos e escritores definiram tanto o conceito de educação quanto o seu contexto/forma. Quando uma sociedade ainda em construção, às vistas de uma revolução industrial e desenvolvimento primário-capitalista, a educação consistiu, massivamente, na forma que o governo e sociedade precisavam de sua mão-de-obra/contribuinte. Num contexto mecanicista, onde cada indivíduo apenas tem de cumprir seu papel e não deve ter senso crítico, este teve de ter uma educação focada em um modo previamente estabelecido onde lhe são despejados conhecimentos que tem de assimilar com o objetivo único de passar para a próxima fase. Deste modo, o conjunto de fatos que lhes eram transmitidos não eram sinônimos de conhecimento adquirido, porque basicamente este método apenas incentivava a memorização dos fatos e não as capacidades cognitivas tais como a interpretação, julgamento e decisão dos mesmos, ignorando os estilos individuais de aprendizagem de cada aluno.

A intenção era “capitalizar” o indivíduo e adequá-lo ao modo de produção vigente, onde se tinha apenas consumidores e fornecedores em uma relação pré-estabelecida de consumo. Como diz Fredric M. Litto em “Escola do Futuro” sobre o velho perfil do ensino: “A ideia orientadora é ‘moldar’ os alunos para o mundo fabril que os espera, usando técnicas semelhantes a uma linha de montagem; salas de aulas isoladas e limitadas em recursos; mesas e cadeiras alinhadas em filas; o professor desempenhando a função de dono e empregador principal do conhecimento; e a apresentação da informação limitada aos livros-texto e do quadro negro duma forma linear e sequencial." A ideia era que só o aluno tinha de aprender e absorver, e não tinha que desenvolver o senso crítico.

Com o avanço da sociedade e dos modos de produção que foram surgindo através da evolução da tecnologia até chegar à de ponta, os costumes e formas ensino-aprendizagem foram modificando e se adaptando ao que o conjunto mercado/sociedade/tecnologia foi exigindo. Cada aluno/aprendiz desenvolvendo capacidades de interpretação e contextualização do seu meio, aprimorando e despejando na sociedade a reprodução daquilo que apreendeu, contribuindo para seu desenvolvimento e de sua esfera.


O que vemos hoje e percebemos, é de uma relação aluno/professor já desgastada com a da antiga, e o melhor, com uma consciência de que o aprendizado depende conjuntamente das duas forças em feedback de conhecimentos constante. E o auxílio da tecnologia tornou o ambiente de aprendizagem mais dinâmico e oferecendo um acordo melhor entre as duas pessoas da relação, colocando-os em direção certa para novos desafios e formas de educação.


Assim como o avanço da tecnologia permitiu melhorias em vários ramos de profissão a título de exemplo o da saúde, a educação se beneficiou e beneficia amplamente com isto. Hoje é fácil perceber que uma sala de aula antes considerada tradicional, conta com recursos áudios-visuais como microfone, datashows, retro projetores e o principal, ambientes criados pela Internet em própria sala de aula e a distancia.

Sobre educação a distancia, discurso também focal de meu artigo, é necessário salientar alguns pontos relevantes:
- A questão da inclusão social: propiciada por esse conceito de educação não restringir pessoas com acesso restrito a deslocamento; não restringir geograficamente os alunos/cursistas, definido pólos de educação para o aprendizado a distancia; permitindo classes sociais com menor acesso ao ensino tradicional (por desprender um custo maior: transporte intra-urbano, mensalidades maiores por necessidade de maiores recursos didáticos são exemplos) o acesso ao ensino.
-Propiciar aos que se deslocam e que não tem o tempo necessário a uma aula presencial.

O maior contradita que este tipo de formação sofreu e ainda sofre, e é a falta de preparação da sociedade atual em que todos ficam ‘com um pé atrás’ com esta história dos computadores virem a substituir o Homem. Muitos são os professores que estão reticentes a mudarem o seu estilo de ‘passagem’ de informação, talvez porque ainda não tiveram um maior contato com estas novas tecnologias.


Com a entrada de grandes instituições de ensino e de uma entrada em massa das instituições em geral, o Ensino A Distancia se torna uma realidade irrefutável e concreta, respaldada por modificações sistêmicas e também com respaldo tecnológico suficiente para que o ensino seja de qualidade e respeitado.


Portanto ao par que esse conceito de educação a distancia se promove maior é entendimento de que é uma realidade da sociedade atual, e devemos considerar que Blogs como este, tem a função social de deixar claro e quebrar os tabus sociais que conceituam esta modalidade de ensino.

Willian de A. Lorenzetto.

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